A BlackRock, maior provedora de fundos de índices em bolsa (ETFs) do mundo, com 1,3 mil deles, começa a negociar, nesta sexta-feira (1), seu ETF de bitcoin à vista na B3. É o mesmo que lançou em janeiro nos Estados Unidos (EUA). Mas aqui, o que venderá é o Brazilian Depositary Receipts (BDR), ou seja, são certificados emitidos no país e que representam ativos mobiliários emitidos no exterior.
A BlackRock já oferece ETFs no Brasil há anos, muito antes de o produto se tornar mais conhecido por conta das versões com criptomoedas. O maior ETF do país é seu BOVA11ETF, que busca seguir o iBovespa, principal índice de ações da B3. A gestora vende esses fundos sob a marca iShares. E chega agora com cripto no mercado brasileiro, um dos maiores do mundo nessa categoria de fundos de índices de criptos.
O BDR iShares Bitcoin Trust (IBIT39), que busca acompanhar o preço do bitcoin, tema taxa de administração de 0,25%. Mas, há uma isenção de um ano, estratégia similar à do lançamento nos EUA. Com isso, cai para 0,12% sobre os primeiros US$ 5 bilhões ativos sob gestão (AUM).
“O lançamento do IBIT39 permite o acesso ao bitcoin para os investidores através de um valor mobiliário, que poderá ser incorporado ao portfólio de forma consistente, conveniente e econômica ao lado de outras classes de ativos, como ações e títulos”, disse Karina Saade, presidente da BlackRock no Brasil.
“Nossa jornada de ativos digitais foi sustentada pelo objetivo de fornecer veículos de acesso de alta qualidade aos investidores. O IBIT39 é uma progressão natural de nossos esforços ao longo de muitos anos e se baseia nos recursos fundamentais que estabelecemos até agora no mercado de ativos digitais”, completou Karina.
De acordo com Felipe Gonçalves, superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3, “o crescente interesse no mercado cripto por investidores de todo o mundo despertou a busca por opções também no mercado de capitais brasileiro. Estamos comprometidos em oferecer produtos que atendam a essa demanda, mantendo a segurança de operar na B3.”
Há tempos o CEO da BlackRock, Larry Fink, defende os benefícios dos ativos digitais, que trabalha nisso em várias frentes. Isso inclui, por exemplo, oferta de criptos por meio de um acordo com a Coinbase.