Liga inglesa de futebol investiga relação entre clubes e empresas de criptomoedas

Futebol se tornou grande vitrine para empresas de criptomoedas. Foto: Thomas Serer, Unsplash.

A Premier League, principal liga do futebol inglês, está investigando a relação dos clubes de futebol, e a sua mesma, com empresas de criptomoedas. Um dos principais temores da liga e de fã clubes é a conexão dos times com um ativos que têm preços muito voláteis. A informação é do jornal The Times.

Esse associação entre times de futebol e criptoativos, para encorajar torcedores a comprarem tokens, está em expansão também no Brasil. Até porque, é uma nova fonte de receita dos clubes e mais uma ação de engajamento com fãs.

Há opções como tokens com direito a venda de jogadores, por exemplo os do Santos. Outro tipo é o fã token, de ações para engajar os fãs. E há ainda os tokens não fungíveis (NFTs).

A própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lançou tokens. Além disso, Mercado Bitcoin e Binance fecharam acordos para terem seus nomes nas camisas do Corinthians e Santos, respectivamente. A Moss, que tem um token para proteção da Amazônia, fez acordo com o Flamengo. E a Crypto.com fez acordo para aparecer em materiais de jogos da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Isso para ficar em alguns exemplos.

A visão no Reino Unido é que ao receberem patrocínios de empresas de criptomoedas, os times acabam por automaticamente promover investimentos nesse segmentos. Porém, falta conhecimento de boa parte dos investidores sobre o que são criptoativos e os riscos atrelados a eles, em especial em relação à potencial queda de seus preços ou de ganho que não cubra o investimento. Falta regulação no setor.

Criptomoedas estão em times de futebol de vários países

Para esse movimento, NFTs têm preços voláteis, mas é mais fácil de se entender que se comportam como os de colecionáveis. A própria Premier League pensa em ter uma plataforma desses tokens. Mas, os fã tokens são vistos como clubes de criptomoedas.

Em 12 de novembro, o Manchester City, um dos times mais valiosos do mundo, anunciou uma parceria com a desconhecida 3K Technologies para desenvolver projetos de finanças descentralizadas. ´Só que uma semana depois, cancelou o acordo e nem a página sobre a iniciativa está mais no ar.

Isso porque o diário The Guardian publicou que não encontrou informações suficientes sobre a empresa. E que os executivos aparentavam não ter experiência em criptoativos.

Patrocínios de empresas de criptomoedas estão em times de futebol de vários países. E também em outros esportes. Plataformas como a socios.com é especializada em tokens para torcedores de times e ações de engajamento.

Bancos também patrocinam times. E assim como as empresas de criptoativos, são criticados no Brasil porque muitas vezes oferecem aos clientes produtos que eles mesmos não entendem. A questão da falta de educação financeira aqui é séria inclusive para produtos e serviços convencionais.

Outra investigação em curso na Inglaterra é da comissão de apostas. Seu foco é a plataforma de NFTs Sorare, que vende um jogo fantasia de futebol. Essa também tem acordos com a Premier League, com a alemã Bundesliga e com a espanhola LaLiga.

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1 comentário em “Liga inglesa de futebol investiga relação entre clubes e empresas de criptomoedas”

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