Bitcoin volta a US$ 50 mil um dia após Bank of America criar área de análise de cripto

Preço do bitcoin atingiu maior patamar desde 7 de setembro.

O preço do bitcoin voltou ao patamar de US$ 50 mil (cerca de R$ 250 mil) na manhã desta terça-feira (5). É a primeira vez que atinge esse patamar desde 7 de setembro passado. Para alguns analistas, isso é sinal de uma animação do mercado, embora, como sempre, não haja garantias de que o valor se sustentará nesse patamar.

No momento da publicação desta reportagem, às 10h55, o bitcoin, principal criptomoeda, era cotada a US$ 50.269, uma alta de 5% em 24 horas e de 19,6% em uma semana. Outras moedas como ether, cardano e polygon acompanhavam o movimento de alta.

Bitcoin atingiu esse preço um dia depois de o Bank of America, o segundo maior em ativos dos Estados Unidos (EUA), anunciar o lançamento de sua área de análises de ativos digitais. Para marcar esse dia, o banco divulgou um estudo em que afirma que o universo de ativos digitais “é grande demais para se ignorar”.

De acordo com o líder de Estratégia Global de Criptmoedas e Ativos Digitais do BofA, Alkesh Shah, “bitcoin é importante, mas o ecossistema de ativos digitais é muito mais. Nossa área de análise tem o objetivo de explorar as implicações nos setores, incluindo o financeiro, tecnologia, cadeias de fornecimento, mídias sociais e jogos”.

Em março, BofA criticou volatilidade do preço do bitcoin

As declarações estão no estudo “Digital assets primer: only the first inning (algo como Cartilha de ativos digitais: apenas o início). O BofA afirma que ativos digitais representam um mercado de US$ 2 trilhões com mais de 200 milhões de usuários. Além disso, podem transformar todos os setores ao gerarem mais eficiência e reduzirem a fricção entre as transações.

No entanto, é curioso como o banco mudou radicalmente sua visão em relação a bitcoin, que desprezou em março passado. Naquela ocasião, o BofA disse que bitcoin era “impraticável para reserva de riqueza ou mecanismo de pagamento”. Isso o colocou numa posição isolada em relação a outros grandes bancos dos EUA e do mundo.

Com 95% dos bitcoins em apenas 2,4% das contas, essa concentração geral volatilidade, disse o BofA, naquela ocasião. Assim como outros fatores, como as pesquisas no Google, disse o banco.

Só que agora, a visão é outra. “Os ativos digitais estão transformando a forma como os mercados, negócios e bancos centrais operam”, disse Candace Browning, líder da área de pesquisa global do BofA Global Research. O banco, completou, oferece plataforma de pagamento global e conhecimento de blockchain. Portanto, a área de análise de ativos digitais fortalece o portfolio que o banco oferece aos clientes, completou.

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