Presidente da SEC diz que Congresso dos EUA deve regular bolsas de criptomoedas

Projeto de criptomoedas vai para análise do plenário da Câmara.

Os investidores em criptomoedas precisam de mais proteção e isso inclui regular as bolsas. Esse foi o recado de Gary Gensler, presidente da Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM dos Estados Unidos. A afirmação aconteceu ontem (6) em sua primeira audiência pública no Congresso.

De acordo com Gensler, sua autoridade se limita a gestores de recursos, securities e produtos que invistam em criptomoedas. Por isso, indicou que o Congresso pode completar esse monitoramento do mercado. E disse também que espera que haja avanços em relação a custódia.

“Essas bolsas não têm um marco regulatório na SEC ou na nossa agência irmã, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC). Portanto, não há realmente nenhuma proteção em relação a fraude ou manipulação”, completou.

O mercado de criptomoedas tem um valor de mercado de cerca de US$ 2,35 trilhões. Começa a ficar de um tamanho que não pode ser ignorado. Ainda mais com a entrada de grandes bancos nele, oferecendo a seus clientes produtos expostos a bitcoin e outras moedas digitais.

Além disso, a maior corretora de criptomoedas dos EUA, a Coinbase, já entrou na bolsa. Em abril, fez uma oferta pública de ações na Nasdaq e atingiu a marca história, durante a negociação no primeiro dia, de US$ 99 bilhões. Ou seja, esse é mais um ponto de contato de investidores com criptomoedas.

Bolsas de criptomoedas tendem a operar nas brechas das legislações

Gensler fez as declarações ao responder uma pergunta do deputado republicano Patrick McHenry. O deputado é parte de um grupo de congressistas, especialistas, da SEC e da CFTC que vai avaliar questões legais e regulatórias sobre o assunto. ,

É sempre bom ficar de olho no que os EUA decidem, porque sendo a maior economia do mundo e um dos mercados financeiros mais importantes também, costuma ser inspiração para as regras em outros mercados. Inclusive o nosso.

E assim como nos EUA, outros países também passam pela situação de que criptomoedas avançam na “brecha” das regras. Por serem algo novo e inovador, muitos reguladores, como os brasileiros, permitem as negociações até o ponto em que avaliam não haver maiores riscos. E observam para onde caminha o mercado, sem impedir a inovação.

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