ABCripto envia denúncia contra Binance a reguladores; corretora se defende
A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), que reúne corretoras de criptomoedas, encaminhou denúncia contra a Binance, maior corretora do mundo, aos órgãos reguladores. A alegação é de que a empresa não tem autorização para ser instituição financeira e de pagamentos aqui.
A associação encaminhou a denúncia ao Banco Central (BC)), ao Ministério Público Federal (MPF) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A associação diz que acompanha a expansão da Binance Futures. E pede fiscalização, suspensão ou cancelamento da operação da corretora.
De acordo com a associação, a denúncia contra a Binance se deve ao fato de a corretora não ter autorização da CVM para ser intermediária de valores mobiliários no Brasil. Portanto, não pode captar clientes.
Além disso, não está cumprindo a decisão da CVM, de julho de 2020, para suspender a intermediação de valores mobiliários. A empresa, diz a ABcripto, continua a oferecer derivativos a clintes no Brasil.
Segundo a reclamação da associação, a Binance está formando uma rede voluntária de agentes autônomos ou consultores de investimento. Porém, essa atividade precisa de autorização da CVM, porque a negociação envolve valores mobiliários.
Binance responde a denúncia
A corretora afirmou, em comunicado, que as acusações “são infundadas e incorretas e são anticoncorrenciais por natureza”.
A empresa disse em comunicado que reservará todos os seus direitos legais para tomar outras medidas para proteger sua reputação. “A Binance sempre trabalhou com reguladores em todo o mundo neste mercado em rápido desenvolvimento e está empenhada em continuar a fazê-lo daqui para frente.”.
Na decisão da CVM de julho passado, o regulador determinou a suspensão imediata “da veiculação de qualquer oferta pública de serviços de intermediação de valores mobiliários”. Isso inclui oferta direta ou indireta, inclusive pela internet.
A multa que a CVM estabeleceu foi de R$ 1 mil por dia se a Binance não cumprisse a decisão. A alegação era a de a empresa oferecer aqui derivativos. Para isso, a comissão diz que corretora não tem autorização.
2 Comentários
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Só no Brasil mesmo : intermediadores clamando por intervenção do Estado e até do banco Central para impedir o livre mercado de cripto ! Até os libertários apelam ao governo aqui …
Liberais nunca foram, meu caro. Só de fachada.