O Federal Reserve Bank da Philadelphia avalia que moedas digitais de bancos centrais, as CBDCs, têm o benefício de dar a possibilidade aos consumidores de terem conta bancária diretamento no banco central.
Isso abriria uma competição com os bancos privados, com exceção de projetos de longo prazo, porque essa não é a especialidade dessas institições.
E em períodos de pânico financeiro, por ser mais estável do que bancos comerciais, os centrais podem evitar uma corrida para saques.
O outro lado da moeda é que por ser monopólio, quanto mais o banco central for o banco dos consumidores, mais vai afetar o amadurecimento do mercado.
Estudos em alta
Essas são conclusões do relatório “Central Bank Digital Currency: Central Banking for All?”, do Federal Reserve d Philadelphia.
Este é mais uma das instituições monetárias do mundo que estudam o assunto. De acordo com o economista Gustavo Cunha, especialista no assunto, o número de estudos sobre o tema cresceram de forma siginificativa neste ano.
Há relatórios de economias como a União Europeia, França, Reino Unido, Estados Unidos, China e Suécia, para ficar em alguns exemplos, e do banco central dos bancos centrais, o BIS.
Os motivos para isso incluem o anúncio de lançamento da Libra por um grupo liderado pelo Facebook e a decisão da China de ter uma CBDC. A moeda chinesa poderá ser a primeira das economias de peso no mundo.
Com isso, os bancos centrais tentam entender, primeiro, do que se trata uma CBDC e seus impactos. A partir daí vão avaliar se, como e quando emitirão uma.