O Banco da França anunciou que, no último dia 8, fez o sétimo experimento com uma moeda digital de banco central (CBDC). Dessa vez, foi com o Banco Central da Tunísia (BCT) e um consórcio liderado pela empresa tunisiana Prosperus. Foi a primeira transferência internacional de varejo com a moeda digital.
Portanto, nesse teste, a transferência foi entre duas pessoas, uma na França e outra na Tunísia. O dinheiro foi de banco comercial, mas enviado através de transferência por CBDC entre os bancos centrais.
A Prosperus é uma empresa tunisiana de soluções para ativos digitais. E forneceu seu protótipo de transferências internacionais para o teste com a moeda digital. O consórcio que liderou incluiu o Bank Wormser Frères, o Banque Internationale Arabe de Tunisie e sua subsidiária BIAT France. Além da Value Digital Services e da Inuo Strategic Impact.
“Foi possível ver o potencial da CBDC numa transferência internacional de varejo” disse Nathalie Aufauvre, diretora geral de estabilidade financeira do banco central francês. “E isso estabelece o caminho para mais estudos entre bancos centrais e transferências internacionais”, de acordo com ela.
Esse tipo de plataforma de transferências internacionais com uma moeda digital aumenta a transparência, a velocidade e reduz os custos, disse o diretor geral do Banco Central da Tunísia, Mohamed Sadraouio.
O programa de testes do banco central francês começou no ano passado. A instituição usa uma CBDC “falsa”, que emite para avaliar como e para que servirá o euro digital. Assim, divide os resultados com o Banco Central Europeu (BCE). Mais recentemente, o teste inclui instituições da Suíça e da Bélgica.
Na semana passada, o BCE divulgou que diz que os estudos como euro digital foram bem sucedidos. Não há, por exemplo, barreiras técnicas. Tanto que usar blockchain é uma possibilidade. E haverá um protótipo em dois anos.