O estado de Minas Gerais (MG) está colocando no ar os primeiros nós de sua rede blockchain para serviços do governo. O uso da rede será para registro e rastreabilidade de ativos, compartilhamento de dados e identidade digital. De acordo com o governo, o objetivo é que órgãos e entidades estaduais sejam nós.
O primeiro sistema que usará a rede é o MG Florestas. O projeto prevê o rastreamento em blockchain da origem, transporte e consumo do carvão vegetal. O primeiro módulo da plataforma entrou em operação em agosto e se refere ao cadastro do cultivo.
O MG Florestas é do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Secretaria de Meio-Ambiente (Semad), Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e da Companhia de Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Prodemge). O trabalho de rastreamento do carvão vegetal começou em 2019, quando a Prodemge fez uma prova de conceito (POC) usando blockchain e concluiu que o resultado era positivo.
A blockchain de Minas Gerais está na plataforma Hyperledger Fabric e fica no data center da Prodemge. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Roberto Reis, a Prodemge está estimulando e apoiando o desenvolvimento da tecnologia em outros órgãos para fazer a rede crescer.
A empresa informou ao Blocknews que “existem prospecções em andamento para outros projetos além do MG Florestas usarem a rede. Mas, ainda sem definição de prazos”.
Minas Gerais está na blockchain do BNDES
Em comunicado, o governo disse que a rede se trata de “infraestrutura desenvolvida em uma plataforma madura e consolidada no mercado. Comporta a segmentação lógica dos dados, o que permite que a mesma rede seja utilizada por diferentes sistemas e aplicações”. Mas, informou qual plataforma blockchain está utilizando.
Além do projeto em blockchain com a MG Florestas, a Prodemge é um dos nós da Rede Blockchain Brasil (RBB) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A RBB é uma rede pública permissionada que usa Hyperledeger Besu. Embora use os nós do projeto Lacchain, os nós são basicamente nacionais. Outras instituições da rede incluem, por exemplo, a Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNP), o CPQD e a Dataprev.
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