O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, venceu o prêmio de Ministro da Economia do ano da LatinFinance, que também premiou, pelo segundo ano consecutivo, o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, como o presidente de BC do Ano.
De acordo com a LatinFinance, Haddad venceu o prêmio por conseguir aprovar reformas. Além disso, a publicação afirmou que o ministro fez isso “ajudado por seu estilo moderado e pragmático em um ambiente político polarizado”. “Um grande resultado: a economia está crescendo mais rápido do que o esperado”, diz o documento de divulgação do prêmio.
Campos Neto, por sua vez, venceu o prêmio pela forma “hábil” como gerenciou a política monetária brasileira. Assim, pode “baixar as taxas de juros antes das economias desenvolvidas”. O corte começou em agosto passado.
Em agosto de 2022, a taxa básica de juros chegou a 13,75% para controlar a inflação gerada a partir de 2021, no pós-Covid. Por conta da pandemia, os governos pelo mundo liberaram recursos para evitar uma recessão profunda e isso ajudou a gerar demanda a ponto de elevar a inflação.
A alta de juros no Brasil na época foi a maior num ano eleitoral no país e numa economia emergente, disse o presidente do BC na entrevista ao programa Conversa com Bial, na Rede Globo, que foi ao ar há duas semanas. “Campos tem estado à frente da curva na luta contra a inflação”, segundo a LatinFinance.
Além disso, a LatinFinance cita que Campos evitou confronto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o criticava por não reduzir a taxa de inflação, e por continuar defendendo a autonomia do BC.