O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que a moeda digital em teste pelo Banco Central do Caribe Oriental (BCCO) pode ajudar a reduzir a pobreza da região, diminuir o uso excessivo de dinheiro em papel e moeda e de cheques, além de aumentar a eficiência do sistema de pagamentos do comércio. Porém, o piloto da moeda digital deve ser mantido com cuidado.
O piloto da chamada DXCD, foi lançado há um ano. O projeto é feito com a Bitt, uma fintech de Barbados que usa blockchain e a tecnologia distribuída de livro razão (DLT) em sistemas de pagamentos de transações peer-to-peer (P2P). O banco central do Caribe é uma das instituições da União Monetária do Caribe Oriental, que reúne oito ilhas da região que usam o Dólar do Caribe Oriental. Os países são Anguilla, Antígua and Barbuda, Dominica, Granada, Montserrat, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.
O projeto piloto prevê que a moeda será distribuída por bancos licenciados e instituição financeiras não-bancárias da união monetária. O uso da moeda será restrito a transações P2P entre consumidores e o comércio utilizando-se todos os tipos de equipamentos, inclusive celulares.
Além de ajudar a manter a estabilidade financeira na região, o objetivo do projeto é parte de um plano estratégico para cortar em 50% o uso de dinheiro até 2021 na região.
De acordo com o documento do FMI elaborado após uma missão de avaliação do BCCO, o projeto inclui salvaguardas importantes e não há transações cambiais incluídas. Mas há riscos para o sistema financeiro da região relacionados a intermediação financeira e segurança cibernética.