“A próxima década será marcada pela convergência entre o digital e o biológico, principalmente na agropecuária.” A afirmação é da ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina Corrêa Dias.
De acordo com a ministra, transformação digital e tecnologias de edição genômica são exemplos claros desse processo. Tereza Cristina fez as declarações durante o encontro Davos 2021.
A ministra participou do painel “Unlocking Innovation to Transform Food Systems (Destravando a inovação para transformar os sistemas de alimentos)”, na quarta-feira (27).
Segundo ela, há mais de 2 mil agritechs no Brasil. Essas startups focadas no setor desenvolvem soluções como certificação e rastreabilidade com uso de blockchain, comentou. E receberam aportes de cerca de US$ 200 milhões em 2019, enquanto em 2013 o valor girou em torno de US$ 4 milhões.
Convergência entre o digital e o biológico
A ministra afirmou ainda que “estamos ainda para expandir a conectividade no espaço agro brasileiro”. Isso será feito, segundo ela, com foco especial no pequeno produtor. O Brasil tem mais de 4,5 milhões de pequenos produtores.
A inclusão desses pequenos agricultores tem ao menos dois impactos importantes, afirmou. Isso porque poderá ajudar os jovens a ficarem no campo, onde a população está envelhecendo.
Além disso, poderá contribuir para o bem-estar das mulheres. Isso porque são elas que dirigem cerca de 20% dos estabelecimentos rurais.
“A inovação é imprescindível para adequar o agronegócio à realidade global”, disse Tereza Cristina. A convergência entre o digital e o biológico estão, portanto, entre as ações que poderão assegurar segurança alimentar, diz a ministra”.
Alem disso, a ministra disse que isso pode ser feito com preservação ambiental. Em relação à inovação, o governo trabalha no setor com cinco estratégias que incluem inovação aberta e bioconomia e foodtech.