Banco Central escolhe 14 projetos de instituições financeiras e de criptos para Piloto do Real Digital

O Banco Central do Brasil (BC) divulgou hoje (24) os nomes dos 14 grupos ou instituições individuais escolhidas para participar do Piloto do Real Digital. Houve 36 propostas entre candidaturas individuais e consórcios de entidades. Assim, no total, 100 instituições apresentaram projetos em diferentes segmentos do setor financeiro. Isso inclui instituições de pagamentos, cooperativas, bancos de diferentes tamanhos, inclusive públicos, prestadores de serviços de criptoativos, operadores de infraestruturas de mercado financeiro, instituidores de arranjos de pagamento e consultorias.

Os escolhidos foram:

  • Bradesco, que não participou diretamente do Lift Challenge, fase de testes do real digital;
  • Nubank, banco digital que tem plataforma de criptos e sua própria criptomoeda, a Nucoin;
  • Banco Inter, Microsoft e 7Comm, sendo que os dois últimos têm a experiência do Lift Challenge;
  • Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM, todas empresas do grupo Santander;
  • Itaú Unibanco, que já tinha participado do Lift Challenge;
  • Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin, um consórcio bastante diversificado com empresas do setor financeiro. inclusive um banco público, o Banco da Amazônia (Basa) e três nativas de criptoativos (Foxbit, Ntokens e Parfin);
  • SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred, que inclui, portanto, bancos de cooperativas;
  • XP e Visa, no qual a empresa de pagamentos já participou do Lift Challenge, enquanto a XP tem plataforma de criptos;
  • Banco BV, que tem uma área de inovação com projetos em blockchain;
  • Banco BTG, primeiro banco do país a emitir um criptoativo e a ter plataforma de cripto;
  • Banco ABC, Hamsa, LoopiPay, grupo que tem uma rede de DeFi (Hamsa) e uma plataforma de cripto;
  • Banco B3, B3 e B3 Digitas, do grupo da Bolsa de Valores;
  • ABBC: bancos Brasileiro de Crédito, Ribeirão Preto, Original, ABC, BS2 e Seguro; ABBC, BBChain, Microsoft e BIP, uma junção de bancos regionais, nacionais, digitais e fornecedores de infraestrutura; e
  • Banco do Brasil, que como o Basa, é banco público.

Assim, das 36 escolhidas, duas são plataformas nativas de cripto (Foxbit e LoopiPay), dois bancos que têm plataforma de cripto (BTG e Nubank), 1 empresa de investimentos que também vende cripto (XP), a bolsa de valores, que vende ETFs de criptos (B3), e quatro empresas de infraestrutura exclusivamente para ativos digitais (Hamsa, Parfin, B3 Digitas, BBChain). As outras 36 instituições são bancos sem operação oficial em cripto ou provedores de pagamentos e infraestrutura, como Visa e Microsoft – essa última está em 2 projetos.

O BC afirmou anteriormente que apenas empresas autorizadas a acessar o sistema poderiam participar ou liderar consórcios participantes. Alegou questão de segurança. O número de empresas de cripto que apresentaram propostas por meio de consórcios não foi elevado. Alguns desses projetos não estavam alinhados ao regulamento e acabaram ficando de fora. Um grupo de 10 servidores com experiência do BC analisou as propostas.

As instituições bancárias e não bancárias que entraram nesta fase fazem parte dos chamados segmentos prudenciais S1 a S4, ou seja, a classificação referente a tamanho, existência de operação internacional e perfil de risco. Assim, os S1, por exemplo, são os bancos maiores, como Bradesco e Itaú.

O Banco Central vai incorporar essas empresas na plataforma do Piloto do Real Digital até meados do próximo mês. De acordo com o regulador, nesta fase do piloto haverá testes de funcionalidades de privacidade e programabilidade usando um caso de entrega contra pagamento (DvP) de título público federal entre clientes de instituições diferentes.

O teste inclui também os serviços que compõem a transação. “Esse caso de uso permite dar foco nos testes da privacidade, uma vez que promove a troca de informação entre os vários participantes da plataforma. Além disso, testa a programabilidade dos serviços oferecidos e sua interoperabilidade”, disse o Banco Central em comunicado.

Aqueles que participam do piloto deverão bancar seus próprios custos e haverá proteção de propriedade intelectual.

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