A “guerra das verdades” entre Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e Zetta, associação de fintechs, teve mais um capítulo nesta terça-feira. Depois do revide da federação no final de semana passado a uma crítica dos entrantes, a Zetta disse hoje “que lamenta que a Febraban evite a discussão sobre a elevação das tarifas bancárias acima da inflação”.
A disputa entre os dois lados gira em torno da regulação que é assimétrica. Mas ambos se dizem prejudicados por essa situação. A discussão está se dando pelas redes sociais, numa “gritaria” de acusações. O Banco Central, a quem as críticas são na verdade endereçadas, estuda mudanças na regulação.
A associação dos bancos digitais começou com Nubank, Mercado Pago e Google (esse último não consta mais como membro) e tem 14 membros. De acordo com seu post de hoje, afirmou que “a assimetria regulatória favorece os bancos tradicionais com vantagens competitivas e econômicas“. Portanto, diz que as fintechs têm maiores exigências financeiras e mais requisitos legais.
Tudo começou na semana passada quando a Zetta criticou a Febraban por conta de tarifas bancárias. A federação se defendeu no domingo (19). Na ocasião, disse que os juros do Nubank em cartão de crédito rotativo e crédito consignado, no final de agosto, superou os dos cinco maiores bancos.
Zetta diz que juros de bancos no cartão são maiores
No entanto, em sua resposta de hoje (21), a Zetta afirmou que a média das taxas de juros do cartão rotativo dos membros da associação ´e de 10,66% ao mês. Enquanto é de 12,86% dos cinco maiores bancos. E que as fintechs têm receita menor com tarifas.
À fala da Febraban de que pagam mais impostos do que as fintechs, a Zetta também fez um contraponto. Afirmou que ao analisar os balanços desses bancos, “vê-se que a alíquota nominal sofre uma série de deduções que reduz bastante o imposto efetivo”. Enquanto “as fintechs pagam todos os impostos com muito menos deduções”.
“Apenas bancos podem receber depósitos à vista. Dessa maneira, eles não remuneram seus clientes e ainda podem usar o dinheiro deles para conceder empréstimos. As fintechs não têm essa permissão. Nos depósitos em instituições de pagamento, 100% dos recursos ficam travados em títulos públicos”, completou a associação dos bancos digitais.
A Zetta cita ainda em seu comunicado que há favorecimentos aos bancos em relação ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e liquidez em transferências. Assim como no capital mínimo para a licença de funcionamento como instituição financeira.
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