Fica a dica: a Nasdaq, segundo maior mercado de ações do mundo e casa de negócios de tecnologia, quer listar apenas empresas que tenham na diretoria ao menos uma mulher e uma pessoa de minoria racial ou LGBTQ. O pedido foi feito nesta terça-feira (1) à Securities and Exchanges Commission (SEC), a CVM dos Estados Unidos.
Esse é um alerta para quem pretende um dia ser listado na Nasdaq. Mas não apenas isso. É um alerta para quem precisa ou vai precisar de dinheiro de investidores. O mundo dos investimentos está tentando promover e valorizar empresas que têm políticas de diversidade.
Na Califórnia, isso é bem mais comum. Não apenas em empresas como Google e Facebook, mas até mesmo em negócios do setor financeiro.
Quem não cumprir, está fora
Segundo o The Wall Street Journal, a Nasdaq fez uma pesquisa e descobriu que menos de 25% das cerca de 2,8 mil empresas listadas atendem a esse requisito. Em torno de 85% tem uma mulher na diretoria, mas não tem a outra diversidade que será exigida se a SEC aprovar o pedido.
E quem não cumprir a norma? Terá de ter uma boa explicação a dar para a Nasdaq, do contrário, será excluída da bolsa.
Como a Nasdaq é referência global em bolsa, se adotar essa medida, o efeito pode ser também em outros países. Isso porque muitas das empresas que lista têm negócios em outros países, inclusive algumas são brasileiras, como XP e Stone.