Mercado Bitcoin prepara IPO e bancos vão testar valor de até R$ 15 bilhões

Maioria dos investidores em criptomoedas aprende sozinho sobre o tema. Foto: Ahmad Ardity, Pixabay.

O Mercado Bitcoin (MB) está preparando sua oferta inicial de ações, IPO. De acordo com reportagem do Valor Econômico, a corretora de criptomoedas contratou o J.P. Morgan como líder do sindicato para fazer as operações. Também participam da operação o BTG Pactual, a XP Investimentos e o Itaú BBA.

Esse poderá ser o primeiro IPO de uma bolsa na B3, se realmente a oferta for aqui. O MB é a maior corretora da América Latina.

Com exceção dos Itaú BBA, todos esses bancos atuam em criptomoedas. O JP é um dos bancos que mais investem em blockchain e em moedas digitais. Já criou a platforma de blockchain Quorum, que hoje é da Consensys. Também usa blockchain em seus negócios. Tem ainda uma stablecoin, a JPM Coin e investimentos em startups de blockhain.

O BTG Pactual foi o primeiro banco brasileiro a lançar um token. O token é lastreado em imóveis recuperados. Porém, como a legislação não permite vender isso aqui, comercializa no exterior. Além disso, lançou um fundo que tem 20% de exposição em bitcoin.

Já a XP teve uma corretora de criptomoedas. Além disso, vende produtos com exposição a criptomoedas em sua plataforma. Do Itaú BBA, não se tem notícia sobre investimento na área.

Os bancos vão testar uma valuation inicial de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões, ou seja, cerca de US$ 1,5 bilhão a US$ 2 bilhões. O oferta de ações da Coinbase, maior corretora dos Estados Unidos (EUA), vai servir de parâmetro para o MB. A Coinbase deve fazer a oferta amanhã (14) e pode bater o recorde de valor, chegando a US$ 100 bilhões, segundo o mercado.

O parâmetro, na verdade, deverá ser em relação ao apetite dos investidores de pagaram múltiplos altíssimos. As duas bolsas são bem distintas, assim como a maturidade do mercado dos EUA e do Brasil em relação a criptomoedas.

A Coinbase teve uma receita estimada de U$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre de 2021 e um lucro de cerca de US$ 730 milhões a US$ 800 milhões. Isso tudo superou o que a empresa alcançou ao longo de 2020.

No ano passado todo, sua receita líquida chegou a US$ 1,3 bilhão e o lucro a US$ 322 milhões, nesse caso, a metade do que alcançou entre janeiro e março. Já o Mercado Bitcoin não abre seu números. O MB diz que tem 2,5 milhões de clientes cadastrados, enquanto a Coinbase afirma que tem 56 milhões de usuários verificados.

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