Itaú se junta a bancos da Austrália, Canadá e Reino Unido em plataforma para crédito de carbono

Bolsa de crédito de carbono vai negociar títulos do Brasil no mundo. Foto: Gerd Altmann, Pixabay.

Itaú Unibanco, o Banco Nacional da Austrália, o banco britânico NatWest Group e o canadense CIBC anunciaram, hoje (7), que em agosto vão lançar o Projeto Carbono, um piloto de um marketplace voluntário de crédito de carbono. Como o objetivo é ser uma plataforma global compensação de carbono “com preços claros e consistentes”, vai usar blockchain. Neste caso, será Ethereum a Consensys é a desenvolvedora.

Assim, a plataforma buscará resolver um sério problema do mercado de carbono, que é exatamente essa falta de transparência nas negociações. Além de problemas de venda do mesmo crédito mais de uma vez e preços sem exatamente um padrão. E se junta a um grupo de outros projetos ligados a crédito de carbono e blockchain, como o da Moss.

Com o aumento da pressão de consumidores e investidores por projetos ligados a compensação de carbono, faz sentido os bancos criarem esse marketplace. E a ideia é que não apenas as quatro instituições façam parte da plataforma, mas que outras instituições se juntem ao projeto ao longo do tempo.

“Como instituição financeira, trabalhamos com todos os setores da economia, sendo protagonistas do combate à mudança climática. Os mercados voluntários de carbono complementam os esforços de redução de emissões de carbono em nível global, para alimentar uma economia de baixo carbono”, disse Maluhy.

De acordo com o comunicado, a plataforma vai representar o livro de registro de propriedade de créditos de carbono. Portanto, quem tem créditos vai poder mostrar com clareza o que tem ao mercado e reduzir o risco de dupla contagem. Além disso, as quantidades e preços das transações serão abertos aos mercado.

Itaú quer aumentar qualidade de projetos de crédito de carbono

Um dos efeitos disso é a rastreabilidade das transações e, segundo os bancos, um aumento da base de clientes interessados nos créditos. A plataforma fará, ainda, a liquidação pós-trade, ou seja, os participantes do mercado, inclusive bolsas e marketplaces, ofereçam valor de serviços adicionais.

O projeto do Itaú vai permitir, portanto, um aumento de projetos de qualidade para compensação de carbono e um mercado de crédito com liquidez. Além de criar um ecossistema forte para apoiar o mercado de compensações e desenvolver ferramentas para ajudar os clientes a gerenciar riscos climáticos.

“Estamos ajudando nossos clientes a encontrar soluções para fazerem a transição para serem neutros em carbono até 2050. O Projeto Carbono é um ótimo exemplo de como tecnologias como blockchain podem resolver barreiras e tornar a compensação de carbono mais acessível para nossos cilentes”, diz o comunicado conjunto dos CEOs.

O projeto está alinhado com a Força Tarefa para Escalagem dos Mercados de Carbono Voluntários (TSVCM, na sigla em inglês), criada por Mark Carney, enviado especial da ONU para Ação e Finanças Climáticas.

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