Itaú diz que para antecipar tendência, lança fundo em blockchain e COE para ação da Coinbase

Plataforma da Transfero tem seis criptomoedas, incluindo bitcoin. Foto: Michael Wuensch.

Depois de mostrar muita animação com o ETF da Hashdex, o Hash11, o Itaú lançou dois produtos com foco em blockchain e criptomoedas. O maior banco privado do país indica, portanto, que pelo menos o preconceito com os produtos está caindo por terra. E mais: nos resumos comerciais diz que está buscando “antecipar tendência”.

O Itaú ainda está entre os bancos que não aceitam contas de empresas criptomoedas, uma disputa que está no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Mas, um dos produtos que lançou é o Itaú Index Blockchain Ações FX IE. O fundo está aberto desde o último 31 de maio.

Segundo o resumo comercial para clientes do Itaú Personnalitè, trata-se de um fundo global que busca investir em empresas que adotam a tecnologia blockchain. Portanto, pode incluir criptomoedas.

A carteira contempla cerca de 50 ativos distribuídos nos setores de tecnologia, financeiro, consumos, insumos básicos e comunicação. Além de serem de empresas de mais de 20 países, em especial dos Estados Unidos (EUA) e Japão.

De acordo com o Itaú, o fundo é de alto risco e para investidores qualificados. Os mercados que o fundo abarca são os de câmbio, ações e títulos públicos. A aplicação inicial é de R$ 1,00, ou seja, um investimento muito acessível. A taxa de administração é de 0,8% ao ano não á taxa de desempenho.

Itaú diz que investidor deve ter até 3% do patrimônio em criptomoedas

Quando se tornou um dos distribuidores do Hash11, o banco captou mais de R$ 100 milhões para a operação. As contínuas propagandas sobre o ETF depois do lançamento e a discussão sobre criptomoedas em seu canal no YouTube eram indicativos da animação que o desempenho do Hash11 gerou.

O banco toma o cuidado de dizer que criptomoedas não são para todos os tipos de investidores. São apenas para quem quer correr risco. E o investidor deve limitar esse risco de 1% a 3% do patrimônio, conforme seu perfil. E que não acham que devem estar na carteira recomendada.

Já o outro produto que o banco colocou no mercado foi um Certificado de Operações Estruturadas (COE). Esse COE permite investir na maior corretora de criptoativos dos EUA, a Coinbase, que também esta na Nasdaq. A captação do COE fechou nesta quinta-feira (18). O prazo de investimento é de 3,5 anos.

Nesse investimento, quem aplicar no COE ganha 100% do que investiu se a ação subir num percentual que o banco vai definir entre 80% e 100% ou se subir acima desse. O banco vai definir o percentual da banda de 80% a 100% nesta sexta-feira (18). Se a ação cair, com base na cotação também de sexta-feira, o investidor leva o que colocou no COE ao final de 3,5 anos.

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