FinP2P conecta redes blockchain para vendas de títulos de empresas; Symbiont entrou no grupo
A FinP2P, uma rede de comercialização de títulos digitais institucionais que hoje interconecta 10 blockchain para uso por empresas, foi demonstrada nesta quinta-feira (25) no Security Token Summit. O objetivo da FinP2P é criar a primeira colaboração de diversas instituições, em blockchain, para captação de recursos por meio de ativos.
A plataforma tem as ledgers R3, Fabric, DTCC, Circle, Fireblocks, Securrency, GK8, Symbiot, Pyctor e Ivno. A ideia surgiu há um ano no Global Digital Finance (GDF). Um dos membros do GDF é Sandra Ro, CEO do Global Blockchain Business Council, instituição com base na Suíça.
A iniciativa do GDF partiu da crise que o coronavírus causou para as empresas em termos de necessidade de capital, em especial as de menor porte. Como levantar recursos é algo lento, pouco digitalizado e não escalável, o GDF decidiu criar uma forma digitalizada para isso ocorrer.
A Symbiont, também anunciou hoje que conectou sua plataforma Assembly ao protocolo da FinP2P. “Nossa integração foi bastante sensível”, disse Dan Truque, chefe de ativos alternativos da Symbiont.
De acordo com ele, a nuvem da FinP2P permite anunciar os ativos digitais da Symbiont no ecossistema da FinP2P e vice-versa, para transações de mercado secundário e para ter melhor liquidez.
Blockchain para empresas cortarem custos
A FinP2P também vai publicar, em breve, especificações de APIs para que outras instituições se integrem à rede. Essas interfaces serão um ponto de conexão com redes de tecnologia de registro distribuído (DLT) de empresas, soluções de custódia e liquidação de moedas.
“Nunca se interconectou dezenas de plataformas de blockchain nessa escala e com tanta diversidade de interoperabilidade”, afirmou Ami Ben-David, CEO da Ownera, que provê a nuvem de interconectividade da FinP2P.
Segundo Ben-David, a FinP2P entrega maior liquidez e mais acesso a capital e ativos e também a milhares de investidores potenciais. Além disso, as transações são feitas numa fração de tempo. Ao contrário de hoje, que podem durar dias, como demonstram num vídeo no YouTube.
A lógica de uso de blockchain na P2P é o mesmo do teste que o banco central e a bolsa a Alemanha fizeram com bancos comerciais para liquidação de títulos. O ganho de tempo vem de processos mais simples e automatizados, como diligências e acertos jurídicos.
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