De 400 instituições financeiras tradicionais da Europa, 86% avaliam ou já usam DeFi

Receita Federal olha para blockchain há vários anos. Foto: Gerd Altmann. Pixabay

Serviços financeiros descentralizados, os DeFi, não são mais coisa do mundo blockchain e das moedas criptografadas. Boa parte das seguradoras, bancos e tradings das finanças tradicionais da Europa está implementando ou avaliando esses aplicativos de forma significativa.

Mais precisamente, estão nesse grupo 86% de 400 instituições financeiras tradicionais europeias entrevistadas no estudo “The Sudden Rise of Defi” da BCG Platinion (braço do Boston Consulting Group) e da corretora Crypto.com.

Não é à toa que esse segmento chame a atenção do setor tradicional. Há US$ 12 bilhões alocados nesses DeFis, segundo estimativa do DeFi Pulse, que diz que eram US$ 3,7 bilhões em 25 de julho de 2020.

Das empresas entrevistadas, 67% acham que com DeFis, abrirão canais de receita. E 70%, está de olho no segmento apesar de temer riscos de segurança, já que precisam confiar nos contratos inteligentes, ao invés de custodiantes e servidores centralizados. Tanto que 60% se preocupa com a falta de regulação e mecanismos de recuperação de seus recursos.

O estudo mostrou ainda que proporcionalmente, as empresas de maior porte são as que mais entram em DeFis. Daquelas com receita acima de 10 bilhões de libras esterlinas (cerca de R$ 73 bilhões), 71% avaliaram ou implementaram esses serviços. E 58% acham que perderão vantagem competitiva se ignorarem as soluções DeFi.

O motivo é que esses projetos precisam de um nível adequado de investimentos para garantir benefícios para quem está entre os primeiros a desbravar essa área. As maiores empresas podem bancar o projeto e conviver melhor com o risco do que as de menor porte.

Em 42% dos casos, as empresas estão trocando suas soluções para DeFi em serviços de gerenciamento de ativos e 38% para tornar os serviços de pagamento mais rápidos e seguros. Há quem espera reduzir seus custos. Isso apesar de operadores do segmento de criptomoedas apontaram os custos altos de uso da rede Ethereum, onde as operações de DeFi acontecem, como barreira para a expansão dos aplicativos.

Boa parte desse movimento deve vir do medo: 58% das empresas disseram temer perder vantagem competitiva se ignorarem esses aplicativos.

Daqueles implementando serviços financeiros descentralizados, 35% fazem parte de um consórcio, plataforma, aplicação ou serviço existentes, 24% estão desenvolvendo suas soluções e 22% vão se juntar a competidores porque o ecossistema atual não é compatível com suas demandas.

Mais sobre DeFis em:

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