Uma das referências na equipe do projeto de criação do Drex, o real digital, do Banco Central (BC), Bruno Batavia deixou a instituição depois de 13 anos e agora é diretor de tecnologias emergentes do fundo de capital de risco (venture capital) Valor Capital Group. Entre as investidas do grupo há startups de diferentes setores, de criptoativos, como a Bitso, a saúde, como a Sami, e transporte, como a Buser.
O Valor Capital se identifica como um fundo de venture capital que conecta os Estados Unidos (EUA) e o Brasil e a América Latina. Não à toa, tem vários brasileiros no time. Seus fundadores são o ex-embaixador norte-americano em Brasília entre 2006 e 2009, Clifford Sobel, e seu filho Scott Sobel, que já tinham criado uma startup. Entre os conselheiros está Ricardo Villela Marino, sócio do Itaú Unibanco e CEO da operação do banco na América Latina.
No BC, Batavia já trabalhava com tecnologias emergentes e em relação ao Drex, fez parte, por exemplo, do grupo de trabalho sobre Moeda Digital de Banco Central (CBDC), do grupo de Tokenização e do comitê executivo do Lift Challenge do Real Digital, o primeiro teste feito com empresas privadas. Em abril passado, foi palestrante no webinar do Blocknews e Cantarino Brasileiro sobre real digital, tokenização e finanças.
Além da Bitso, há diversas outras empresas do portfolio do Valor que são do ecossistema blockchain, como Parfin, Strike, Celo, Ribbon, Lemon Cash, Hashdex, Hamsa, Flow e Credix. Também investiu na Coinbase. Em pagamentos, a Stone está no seu histórico.
Um dos conselheiros do Valor Capital com experiência nessa área é Brian Brooks, ex-CEO da Binance.US, ex-CEO da Bitfury e o responsável pelo U.S. Comptroller of the Currency, a agência do governo dos EUA que supervisiona o setor bancário do país.
Quem também entrou no Valor Capital no fundo foi Paulo Passoni, que foi sócio-diretor do fundo de venture capital do Softbank. Hoje, é só do Valor.
No Banco Central, continua o movimento dos servidores por melhorias na carreira. Recentemente, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, falou sobre o alto nível de qualificação dos funcionários do BC, similar aos do sistema bancário privado, mas com salários inferiores.