BC, CVM e Susep trocam carta ofício por blockchain para checagem de dados comuns

No mundo omni content, empresas terão de rever modelos de negócio

O Banco Central (BC), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep) iniciaram hoje (1) o uso da Plataforma de Integração de Informações das Entidades Reguladoras (PIER), uma rede blockchain para o compartilhamento de bases de dados e aceleração de processos de autorização e de registro do sistema financeiro.

A PIER vai reduzir custos, tempo, fraudes e erros, segundo as instituições. Evita-se, por exemplo, redundâncias em pedidos de informações a regulados em comum, afirma a CVM. E com a descentralização das informações, a chances de fraudes também cai.

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) está começando a testar a plataforma. Além disso, outras instituições de fora do sistema financeiro poderão se juntar à rede, como o Judiciário e juntas comerciais, disse o BC.

Do papel para o digital

A plataforma foi desenvolvida e é mantida pelo Bacen. Há algum tempo o BC vem buscando alternativas tecnológicas para tornar o sistema financeiro mais eficiente. O presidente do banco, Roberto Campos Neto, já disse no ano passado que é um apaixonado por tecnologia.

Até agora, as checagens de dados entre as instituições eram feitas por carta ofício. Processo mais lento e aberto a erros. Pela PIER, uma instituição consegue checar dados inserindo CPF ou CNPJ do regulado.

A plataforma checa dados relacionados a três itens: informações de processos punitivos e de restrições de empresas e administradores para checagem de idoneidade, histórico de atuação no sistema financeiro para verificação de conduta e de capacidade técnica e  participações de pessoas físicas e jurídicas no capital social e no controle acionário de empresas.

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