Um grupo de 32 bancos italianos substituiu telefonemas e mensagens pelo compartilhamento de informações através de um sistema de registro distribuído. A Spunta Banca DLT, criada inicialmente para a reconciliação bancária, entrou na fase de produção no início de março, anunciou Associação Bancária Italiana (ABI), que promoveu o projeto.
Com isso, será possível detectar transações incompatíveis, padronizar processos e comunicações e permitir às partes interessadas a possibilidade de visualizar transações recíprocas.
A Spunta Banca DLT usa a plataforma Corda Enterprise da R3, que verifica a correspondência de atividades entre dois bancos. Segundo a ABI, a reconciliação nos moldes tradicionais é feita com registros bilaterais, pouca padronização e processos nada modernos.
Foram feitos 1680 testes entre o final de janeiro e o início de fevereiro, com pedidos de informações e execução de operações executadas em menos de um segundo e a geração de relatórios em 30 segundos. Os testes geraram 103 contas recíprocas e registros bilaterais com 7 milhões de movimentos com dados reais, com uma taxa de correspondência automática de 94,5%.
“A SpuntaDLT está em produção com 32 bancos É uma frase simples que esconde um grande trabalho de equipe”, disse Silvia Attanasio, chefe de inovação da ABI, em seu LinkedIn. Cerca de 150 pessoas se envolveram no projeto.
Dentre os bancos que já usam a plataforma então UniCredit, BNL – BNP Paribas Group e IntesaSanPaolo. Em maio, uma segunda leva de 23 bancos vai utilizar a plataforma e uma terceira inicia o uso em produção em outubro.
“Com o Spunta Banca DLT, a ABI quer inserir blockchain no setor bancário italiano de modo concreto, através de uma infraestrutura para os bancos que operam no país poderem utilizar outras aplicações no futuro”, afirmou a associação em comunicado.