A Visa está estudando uma forma de usuários da Ethereum pagarem a taxa gás de uso da rede usando cartão de crédito da sua bandeira. Isso facilitaria de forma significativa a prática dos pagamentos, que hoje demandam que o usuário tenha ETH na sua carteira, e poderiam atrair usuários. Isso significa pagar a taxa usando moeda fiat. Portanto, tornar o pagamento de gás tão fácil quanto o de um café usando o cartão ou fazer compra num país que tenha moeda diferença de onde foi emitido.
Entre as questões que envolvem o pagamento de gás está ade que é preciso comprar ETH para tê-lo na carteira. E isso acontece por meio de um serviço on-ramp ou exchange centralizada, por exemplo. E depois de comprar ainda se deve transferir para a carteira.
Um dos outros pontos é que a taxa e o ETH sofrem variações. Portanto, o usuário precisa sempre saber verificar se tem o mínimo necessário para pagar para usar a rede. E isso mesmo que estejam usando uma outra criptomoeda, incluindo uma stablecoin para fazer uma operação de pagamento.
A empresa de pagamentos dá detalhes de seu estudo no artigo “Pagando Taxas Gás de Blockchain com Cartão” (Paying Blockchain Gas Fees) O artigo é de CardMert Ozbay, Mustafa Bedawala e Catherine Gu.
Visa usa token ERC-4337 da Ethereum
Para desenvolver a solução, a Visa fez um hackathon interno e está usando o token padrão ERC-4337 da Ethereum e um contrato de pagamento. Esse token foi o último a entrar na mainet da Ethereum, em março passado. O objetivo é que facilite o uso de carteiras cripto. Ao usar a chamada Account Abstraction, permite uma conta que realiza transações com tokens e cria contratos ao mesmo tempo.
O projeto da Visa utiliza paymasters, que são contratos inteligentes que permitem que terceiros paguem por operações de usuários ou acietem pagamentos de gás em ERC-20. “As transações de blockchain trazem um nível de complexidade que não se vê nos métodos de pagamentos tradicionais”, afirmam os autores no artigo.
Entre as diferenças, na blockchain há vários participantes que verificam e registram cada transação. “Envolvem carteiras auto-custodiadas, chaves privadas, taxas de gás – todos elementos que não se aplicam aos métodos de pagamento convencionais”, completam.
O artigo completo está disponível no site da Visa.