A fintech argentina SatoshiTango, que chegou ao Brasil no final de 2020, promete avançar no mercado brasileiro de fato a partir deste ano. Por isso, para comandar o desafio de ampliar a presença da empresa no país, contratou o catarinense Guilherme Quintino Ribeiro, que já passou pela Ripple e HSBC.
Ribeiro contou com exclusividade ao portal Fintechs Brasil, parceiro do Blocknews, que neste momento estuda pessoas físicas e empresas do país. Assim, quer saber quais os serviços financeiros baseados em criptomoedas fazem mais sentido por aqui.
A empresa começou a atuar em 2014 como corretora de criptomoedas. De acordo com Ribeiro, o principal público da fintech são pessoas físicas de em torno de 30 anos. E que são profissionais do mercado financeiro ou autônomos. Mas, chegar também nas empresas é parte da estratégia de negócios da SatoshiTango.
Nos últimos 12 meses, o volume de operações foi de cerca de US$ 45 milhões. Foram mais de um milhão de transações e 800 mil usuários registrados em 93 países. A fintech ainda não passou por rodada de investimentos e nem deve passar no curto ou no médio prazos, afirma.
Mas, comemora o fato de estar entre as cinco semifinalistas da Visa Everywhere Initiative 2021. Portanto, terá o direito a participar de um programa especializado para acelerar as colaborações com a Visa.
SatoshiTango estuda regulação no Brasil
A empresa atua na Argentina, Peru e Chile. Nesses países, fora a compra e venda de criptomoedas, como bitcoin e ethereum, oferece serviços como a compra de cartão presente com criptomoedas.
Também operar com margin trading, o serviço de alavancagem financeira em que empresta o dinheiro para a compra de criptomoedas. E tem ainda serviços de envio e recebimento de dinheiro do exterior e recarga de celulares com criptomoedas.
Agora, a fintech estuda ainda entrar nos mercados da Colômbia, México e em alguns países da África.
Antes de lançar produtos no Brasil, Ribeiro está debruçado na legislação para se adequar ao mercado nacional. Assim, quer escolher o que será mais vantajoso no Brasil, ou seja, se pede licença ao Banco Central ou faz parceria com um banco local.
“Provavelmente vamos começar com uma parceria, como correspondente de um banco ou uma instituição de pagamento (IP). O país vive um momento muito especial. A regulação está sendo atualizada, inclusive com a debate sobre a criação de uma IP que poderá oferecer câmbio”, diz.