Agências de checagem de informação criam NFTs; Lupa vende dois

Agências de checagem buscam nova receita com NFTs. Imagem: Facts-NFT.
Um grupo de agências de checagem de informações lançou, sexta-feira (2), a Facts-NFT, plataforma que oferece tokens não-fungíveis (NFTs) de seus trabalhos de verificação de dados. A brasileira Agência Lupa foi a primeira a vender NFTs.

Um grupo de agências de checagem de informações lançou, sexta-feira (2), a Facts-NFT, plataforma que oferece tokens não-fungíveis (NFTs) de seus trabalhos de verificação de dados. A brasileira Agência Lupa foi a primeira a vender NFTs. O objetivo é criar mais uma nova fonte de receita para essas agência, que combatem a desinformação.

A Lupa foi a primeira agência de checagens do Brasil. Um dos NFTs que já vendeu refere-se à checagem sobre notícia falsa de benefícios da hidroxicloroquina contra a Covid-19. A outra é uma informação falsa sobre a jornalista e ex-candidata a presidente, Manuela D’Ávila (PCdoB).

O lançamento da plataforma aconteceu no dia Dia Internacional do Fact-Checking. Fazem parte da iniciativa, além da Agência Lupa, a Lead Stories (Estados Unidos), a Newtral (Espanha) e a Taiwan FactCheck Center (Taiwan).

Cada agência escolhe o que vai transformar em NFT, a quanto vai vender e qual o modelo econômico do token. Por enquanto, a Facts-NFT tem em negociação 17 NFTs na OpenSea. Desses, 6 da Lupa, que prevê ter mais um em breve.

As agências estão testando o modelo. “Buscamos incluir conteúdos diversos sobre temas como politica, saúde e celebridade, para testar qual tipo de verificação pode gerar interesse”, disse ao Blocknews Cristina Tardáguila, fundadora da Facts-NFT e da Agência Lupa.

NFTs a 0,05 ETH

Todos os NFTs estão cotados agora a 0,05 ETH (cerca de R$ 600,00), com exceção de uma checagem de notícia falsa sobre o influenciador Felipe Neto. Nesse caso, está aberto um leilão que termina na próxima quinta-feira (9).

De acordo com Cristina, o modelo econômico prevê que 86% da venda vai para a agência de checagem. O restante são as taxas. Quem compra pode renegociar e sempre isso acontecer, 10% vai para a agência. Mesmo assim, as agências continuam com o direito de republicar a checagem.

Para Cristina, a venda de NFTs poderá se revelar “uma receita interessante. Em 24 horas vendemos dois e há a receita da revenda. Isso pode criar uma linha de receita constante”. Portanto, poderá também ser uma alternativa a ações como crowdfunding, anúncios, apoios de empresas de tecnologia e patrocínios.

Para a fundadora da Agência Lupa, há três públicos-alvo com as NFTs. Um deles é o que apoia a causa da checagem de informações. O outro é o colecionador e o terceiro é o investidor.

Investidor cria fundo de NFT

NFT ganhou enorme atenção neste início de ano, em especial com a venda de uma obra por US$ 69 milhões. O comprar, Justin Sun, anunciou na semana passada que criou um fundo de arte NFTs. Mas o foco do fundo são obras de artistas renomados e com preço de US$ 1 milhão a US$ 10 milhões.

Isso porque o JUST NFT acredita que apenas os artistas que estão no topo da pirâmide conseguirão se manter com valor no longo prazo. Dentre os membros do fundão estão a tradicionais casas de leilão Christie’s e Sotheby’s.

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