O MB (Mercado Bitcoin) criou um conselho consultivo que vai contar com três profissionais que fizeram carreira em finanças tradicionais, sendo um deles Murilo Portugal, que já foi presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O outro é Tito da Silva Neto, ex-presidente do Banco Itamarati, e completa o quadro Annalisa Blando, fundadora da gestora de ativos e investimentos ParMais, que a 2TM, holding do MB, comprou em 2021. Além de finanças tradicionais, o grupo entende de setor regulado, que é o que o de criptos será com mais detalhes no Brasil.
Além disso, criou o Comitê de Pessoas e o Regulatório, tema que é central na agenda de empresas de criptoativos com a lei 14.478/22. A lei entra em vigor no próximo dia 20 e a indicação do órgão regulador – o que está na mão do Executivo – vai se acelerar o detalhamento das discussões da regulação do setor no país.
“Não há dúvida de que essa nova economia digital ocupará cada vez mais espaço. Os setores mais tradicionais têm muito a contribuir e podem ser importantes aliados na construção de novos produtos e práticas capazes de atender o ambiente regulatório que está agora em construção no Brasil, afirma Murilo Portugal, de acordo com comunicado do MB. Dentre as várias funções que já desempenhou, estão as de conselheiro de empresas estatais como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Eletrobrás, além de Vice-Diretor Geral do FMI (2006 – 2011), Secretário Executivo no Ministério da Fazenda (2005 – 2006), Diretor Executivo do Fundo Monetário Internacional (1998 – 2005), Diretor Executivo do Banco Mundial (1996 – 1998) e Secretário do Tesouro Nacional (1992 – 1996).
No Comitê Regulatório estarão Henrique Machado, advogado, sócio do Warde Advogados e especialista em contencioso judicial e administrativo de mercado de capitais e que também já , foi procurador do Banco Central e diretor da CVM. Também estará Camila Duran, professora de direito na ESSCA Ecole de Management, pesquisadora sênior na Universidade de Oxford.
Além disso, compõem o grupo a pesquisadora sobre moedas digitais, Nicole Dyskant, que teve passagens por empresas como Ágora e Bradesco, e José Luiz Rodrigues, fundador e sócio da J.L.Rodrigues & Consultores Associados e Presidente do Conselho consultivo e deliberativo da ABFintechs. “Nosso papel dentro das novas estruturas será o de contribuir com a integração entre o mercado tradicional e a nova economia digital, além de impulsionar o desenvolvimento econômico do país”, disse Rodrigues.
“Após os nossos processos de captação, concentramos força em ampliar portfólio e trazer ainda mais produtos para os quase quatro milhões de clientes da plataforma. Nesse período, trabalhamos para ajudar também a consolidação do setor com o marco legal. Agora, precisamos de mais gente preparada para nos ajudar e aconselhar nas mudanças pelas quais o segmento deve passar nos próximos anos”, diz Reinaldo Rabelo, CEO do MB. Segundo ele, a expertise de advogados e especialistas em regulação contribuiu para identificar, junto aos reguladores, oportunidades para a construção do cenário regulatório do setor de criptos no país.
Já no Comitê de Pessoas estarão Diego Rondon, investidor e conselheiro de empresas e startups, e Andréa Cruz, que especialista em gestão de carreiras e cultura organizacional para a transformação. “Nossos colaboradores são os protagonistas do nosso processo de crescimento e de desenvolvimento. O Comitê de Pessoas nos trará a possibilidade de um olhar atento para a nossa cultura, afirmou Daniela Cabral, CHRO do MB.