Nesta terça-feira (19), o segmento de criptomoedas deverá ter um novo marco, com o lançamento do fundo de índice (ETF) atrelado a bitcoin da ProShares na Bolsa de Nova York (NYSE), maior bolsa do mundo. A aprovação histórica do primeiro ETF nos Estados Unidos (EUA) aconteceu na sexta-feira passada (15), depois de oito anos do primeiro pedido à Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC, na sigla em inglês).
A aprovação do ETF fez o preço do bitcoin subir e ultrapassar US$ 62 mil (cerca de R$ 350 mil). E nesta segunda-feira (18), continuava perto desse patamar. Às 9h50 estava em US$ 60,9 mil. Cada vez mais investimentos com ligação a criptomoedas estão inseridos no mercado financeiro convencional.
Em entrevista ao The New York Times (NYT), Douglas Yones, líder de ETFs da NYSE, disse acreditar que o da ProShares não será o único, porque outros terão aprovação.
De acordo com o CEO da Proshares, Michael Sapir, afirmou que o ETF pode atrair investidores curiosos sobre ETFs, “mas hesitantes em operar com bolsas de criptomoedas sem regulação”. Os cinco ETFs em negociação no Brasil foram essa solução para muitos desses investidores que gostariam de ter criptos em seus portfolios.
O Bitcoin Strategy ETF da Proshares busca seguir o desempenho de contratos futuros de bitcoin na Bolsa de Chicago. Assim, sua ligação é com a aposta do preço numa data no futuro. Nesse segmento, o investidor compra um contrato (no caso do ETF, uma cota) que estabelece um preço do ativo numa data posterior. Se nessa data o valor estiver acima do preço de referência, o investidor ganha essa diferença.
Para quem vende o contrato, é o contrário, ou seja, se o valor subir no final, quem vende perde e se subir, ganha. Portanto, esses contratos, e dessa forma, as cotas, não significam que o investidor tem o bitcoin. Os contratos em bolsa são voláteis, mas como fixam um preço para uma data, alguns investidores consideram isso um risco mais aceitável. Ainda mais em criptos.
Como lembrou Sapir, preços de criptomoedas não são apenas muito voláteis, mas também diferem muito entre bolsas. Isso porque os motivos do sobe e desce carecem de fundamentos mais aparentes como os de outros ativos como ouro ou ações de empresas.