Associação Diem sai da Suíça, vai para EUA e Silvergate emitirá sua moeda

Diem dólar é uma ponte até chegar a moeda digital dos EUA, diz economista-chefe. Imagem: Pete Linforth, Pixabay.

A Associação Diem mudou de rota. O projeto, que nasceu em 2019 na Suíça como Libra, anunciou hoje (12) que vai tirar sua operação do país e levar para os Estados Unidos. Além disso, sua subsidiária Diem Networks US fez parceria para que o Silvergate Bank, que trabalha com criptomoedas, vai emitir sua moeda estável Diem USD.

Segundo a Diem, essa parceria é importante para fazer um piloto da moeda lastreada em dólar. Quanto à mudança para os EUA, está em linha com sua estratégia inicial de focar no país, disse comunicado da Associação. Assim como reflete “a evolução do ambiente regulatório” norte-americano, afirma o grupo que tem o Facebook como líder do projeto.

De acordo com o comunicado da Associação, o Silvergate será o único emissor da Diem USD e vai fazer a gestão das reservas. Já a Diem Networks US vai operar a Rede de Pagamentos Diem (DPN, na sigla em inglês).

A DPN é uma rede blockchain permissionada (fechada) de pagamentos. A transferência das moedas acontecerá, portanto, entre participantes aprovados para operarem na rede.    

“Diem vai para EUA porque ambiente regulatório mudou”

Stuart Levey, CEO da Associação Diem, afirmou que a rede levará a pagamentos mais baratos e rápidos, já que usa blockhain. “Acreditamos num futuro com moedas estáveis lastreadas em dólar e no potencial delas de transformar os sistemas de pagamentos”, disse Alan Lane, CEO do Silvergate.

A Associação disse ainda que está retirando seu pedido de licença para uma sistema de pagamento da autoridade do mercado financeiro da Suíça, FINMA. Isso porque essa licença não é necessária no novo modelo.

No modelo atual, o projeto conta com o fato de o Silvergate ser um membro do Federal Reserve. Enquanto que a DPN pedirá registro de negócio relacionado a serviço monetário no Department do Tesouro.  

A associação disse que recebeu retorno sobre seu projeto tanto da Finma quanto de outros 12 autoridades regulatórias de outros países que a autoridade suíça chamou.

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