Num relatório em que diz que bitcoin é uma “North Star” (estrela do Norte), ou seja, algo para ser seguido, o Citi lembrou o filósofo alemão Arthur Schopenhauer para mostrar como as pessoas reagem a inovações. “Toda verdade passa por três estágios. No primeiro, é ridicularizada. No segundo, é rejeitada com violência. E no terceiro é aceita como evidente”, disse ele.
De acordo com o Citi, ” a visão de bitcoin como uma força que vai transformar o mundo poderá ser evidente em alguns anos”. Isso significa a possibilidade de se tornar a moeda no comércio internacional.
Em “Bitcoin – At the Tipping Point”, o Citi diz que essa possibilidade se deve ao fato ser descentralizado e não estar exposto ao câmbio de moedas fiduciárias. Além disso, permite transações rápidas e mais baratas. E ainda permite o rastreamento da operação, é neutro e global.
Esse é, portanto, um cenário bastante distinto daquele em outro relatório que o Citi soltou em 2014. Naquela época, a moeda tinha valor de mercado de US$ 6,2 bilhões. Hoje, é de US$ 917 bilhões. Uma outra mudança inclui passar de uso no varejo para um atrativo para clientes institucionais.
Citi: bitcoin inspira uso de blockchain
O banco, que também investe em empresas de blockchain, diz que bitcoin é a inspiração para um economia baseada na tecnologia. E essa economia evolui rapidamente.
A partir do bitcoin, criou-se um ecossistema formado por outras criptomoedas, corretoras, bancos e finanças descentralizadas. Entre esses serviços descentralizados há, por exemplo, empréstimos de recursos.
O fato de bitcoin influenciar e “a inspirar novos modelos de negócio a surgir no domínio de blockchain é o que nos leva a chamá-lo de Estrela do Norte”, diz o banco norte-americano.
Se bitcoin vai manter essa posição e em que dimensão, ainda não dá para saber, disse o Citi. Ao mesmo tempo, o banco afirma que claramente a moeda chegou a um novo estágio.
A dúvida sobre seu futuro se dá por uma série de motivos. Dentre eles, problemas como seguro e custódia. Além da energia gasta na mineração. O gasto excessivo contraria princípios que ganham cada dia mais força, os de ESG (questões de meio-ambiente, social e governança).