A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) completa 3,5 anos com um perfil bastante diferente daquele do seu lançamento. Em setembro de 2017, no anúncio de sua criação, contava com nomes como Foxbit, Mercado Bitcoin, CoinWise, Blockchain Research Institute Brasil, Original My, Latoex e Cointimes.
A ideia era ser uma associação para todo o ecossistema de criptoativos, não apenas corretoras. Chegou a ter cerca de 20 associados. O objetivo era ter, por exemplo, guias de conduta e de mercado. A ideia era até ter um prêmio para o segmento.
Mas, houve uma dissidência, com a criação da Associação Brasileira de Criptoativos e Blockchain (ABCB), motivada pela falecida Atlas Quantum. Com a derrocada da Atlas, ficou apenas a ABCripto. Agora, a associação anuncia a entrada da BitBlue, plataforma de negociação de criptomoedas.
No entanto, com a BitBlue, a ABCripto tem quatro membros, que incluem também o Mercado Bitcoin, a Foxbit e a NovaDax. Membros foram saindo ao longo do tempo e há alguns dias, BitPreço e Ripio deixaram a associação.
Ambas saíram devido a denúncia da ABCripto contra a Binance. A BitPreço conecta quem quer comprar ou vender bitcoin, ether e USDT com corretoras. Ao deixar a associação, alegou que por ser marketplace, mantém boas relações com todas as exchanges. Assim, manteve sua relação com a Binance.
Já a argentina Ripio informou que estava deixando a associação por discordar da denúncia. Isso porque sua visão sobre o caso, afirmou, é mais ampla do que a defendida pela ABCripto.
ABCripto diz que entende saídas
De acordo com mensagem da associação enviado ao Blocknews, a ABCripto diz que “entende o posicionamento das empresas e que seguirá cumprindo seu papel de buscar condições justas de mercado”.
Em janeiro passado, a associação anunciou mudanças na diretoria. Safiri Felix, diretor-executivo desde 2019, passou a conselheiro. No seu lugar entrou Fernando Bresslau. Além disso, Rodrigo Monteiro, por sua vez, se tornou diretor de relações institucionais, com foco em conversar com o poder público.