Blockchain é uma das ferramentas que podem ajudar as cadeias de suprimentos a serem mais resilientes em crises como a do Covid-19.
A afirmação é do World Economic Forum, que defende a digitalização dos processos, hoje ainda muito baseados em papel e trânsito de documentos impressos entre escritórios.
As fabricantes de produtos finais, em geral, sabem o que acontece nos seus fornecedores imediatos, mas têm pouca ideia do que acontece antes, nos fornecedores dos fornecedores, ou seja, em todas as etapas da cadeia.
Visão geral
Com uma crise como a da pandemia do coronavírus, muitas empresas estão fechadas e o transporte em todos os modais foi afetado. É nessa hora que a visibilidade da cadeia de fornecimento é fundamental para se planejar o que fazer.
O WEF recomenda 4 ações para uma empresa ter visibilidade em toda a cadeia: uma delas é a digitalização de processos hoje feitos no papel – é bom lembrar que a internet continua funcionando e ninguém precisa sair de casa para entregar algo que esteja digitalizado.
Outra é garantir que os fornecedores compartilhem os dados necessários e que não vão colocar suas estratégias de negócios em risco – e é aí que entra blockchain.
É comum empresas não quererem usar blockchain com medo de que precisam compartilhar tudo. Não é assim no mundo corporativo, há dois tipos de redes blockchain que garantem compartilhamentos limitados.
Outra recomendação é incentivar os fornecedores a compartilhar dados e para isso pode-se, por exemplo, usar a rede blockchain. Um formato é o de dar financiamentos mais baratos aos fornecedores do que o que eles encontrariam em outras fontes. Para isso, é possível usar dados compartilhados pela rede, como receita esperada.
E o WEF recomenda também que as indústrias adotem agora programas de financiamento na cadeia de suprimentos, para que os fornecedores compartilhem seus dados e todos estejam numa posição mais confortável num futuro choque.
Afinal, é consenso que novos choques virão, inclusive no formato de pandemia. E o pior é que ninguém sabe quando.