A Nori, startup de Seattle que desenvolveu uma plataforma para remoção de carbono da atmosfera e usa blockchain nesse processo, recebeu um aporte de US$ 4 milhões numa rodada da qual participaram investidores como a Placeholder – venture capital focado em blockchain -, North Island Ventures, Tenacious Ventures e uma gigante do agronegócio que não quis se identificar.
Blockchain é usada para dar transparência, auditabilidade e evitar o problema de “dupla contagem”, ou seja, a venda da mesma quantidade de CO2, o que ocorre no mercado de neutralização de carbono e ao invés de reduzir a quantidade na atmosfera, aumenta.
A startup faz essa remoção envolvendo, por exemplo, fazendeiros, “que podem manter bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) no solo usando práticas regenerativas, diz Paul Gambill, CEO da startup.
Incentivo financeiro
Uma remoção de carbono representa uma tonelada de CO2 retirada da atmosfera por no mínimo 10 anos, diz a startup. O fazendeiro registra a retirada no markeplace da Nori e pode vendê-lo para pessoas ou instituições que querem pagar pela retirada. Com isso, incentivam financeiramente o plantador adotar práticas que retirem dióxido de carbono do ar.
O primeiro método da Nori para retirar carbono da atmosfera é pelo sequestro de carbono de plantações, o que pode ser conseguido através da cobertura do solo, ou seja, plantações que cobrem a terra e não serão colhidas, e por meio da redução da lavoura.
Uma das finalidades da nova rodada de investimento é incluir mais removedores de carbono na plataforma, como os fazendeiros, e lançar um marketplace de carbono industrial. Empresas grandes como Microsoft e Amazon disseram que vão se tornar carbono neutro e precisarão desse marketplace, completou Gambill.
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