Ricardo Villela Marino, acionista e executivo do Itaú, banco que seu bisavô fundou, também está no mundo dos criptoativos. O fundo Profitus, controlado pelo chairman do Itaú Latam, investiu US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) na Digitra, que vai operar nos mercados à vista e de derivativos de criptoativos. O fundador da startup é Rodrigo Batista, que em 2013 foi um dos fundadores do Mercado Bitcoin.
“Criamos um modelo de negócio disruptivo do mercado cripto globalmente e que, ao mesmo tempo, incentivará a inclusão financeira por meio dos ativos digitais. A Digitra.com tem tudo para liderar as inovações nesse mercado nos próximos anos”, diz Marino.
Ricardo Marino também é consultor da Valor Capital, que investe em diversas empresas de blockchain e de criptoativos. Entre as investidas da Valor estão, por exemplo, a corretora mexicana Bitso, a Bayz, de jogos eletrônicos, a BlockFi, de produtos financeiros com lastro em criptoativos, Coinbase, Celo e Circle.
O Itaú é um dos bancos que mais investem em projetos com blockchain e tokenização. Além de oferecer fundos ligados a criptos, trabalha no uso da tecnologia para processos financeiros.
Ricardo Marino investe em bolsa de mercado à vista e derivativos de criptoativos
Batista começou a montar a Digitra depois da venda do Mercado Bitcoin, em 2019. Mas, sua meta é ambiciosa, de 1 milhão de clientes no primeiro ano de operação. As negociações na plataforma devem começar em julho de 2022. De acordo com o empresário, a plataforma é global.
De acordo com a bolsa de criptomoedas, o dinheiro vai para essa operação e para expansão de outros projetos do grupo. Um deles é o da stablecoin com lastro em real nTokens e um outro é de uma corretora de ações de startups. Esse último já tem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para funcionar dentro do programa de sandbox. Isso porque esse projeto é com a plataforma de crowdfunding SMU investimentos e com a Átris, empresa de tecnologia para bolsas.
Batista diz querer conquistar parte do espaço ocupado por empresas como a Binance, a maior do mundo, e a norte-americana FTX.