A Rappi, da Colômbia, e a brasileira Nubank são as startups que mais receberam capital de risco, o venture capital (VC), na América Latina e Caribe até hoje. E não só isso: o valores somado dos dois unicórnios corresponde a 80% do investimento nas 10 startups que mais atraíram capital de risco. A primeira recebeu US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7,55 bilhões) e a fintech, US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 5,95 bilhões).
Os dados são do CB Insights, que considerou rodadas de investimentos de mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões) que foram divulgadas. Segundo a empresa, desde 2009, mais de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 64,8 bilhões) foram investidos em 1,8 mil operações na região.
O Nubank é o único brasileiro da lista de 10 startups mais investidas. A distância entre ele e a terceira colocada é enorme. A Argentina Uala , aplicativo de gerenciamento financeiro, recebeu US$ 194 milhões (R$ 1 bilhão).
De acordo com números do mercado brasileiro do primeiro semestre, a pandemia do Covid-19 não freou o interesse dos VCs. Operações continuaram ocorrendo em valores totais significativos. Teve quem fechou negociações em andamento antes da pandemia e quem encontrou oportunidades para começar a olhar. Assim como acontece com outros segmentos de investimentos em empresas, como o de private equity, bons negócios surgem na crise.
O ano recorde de investimentos de venture capital na região foi 2019. A CB Insights diz que o total superou US$ 5 bilhões, enquanto a Lavca, associação de investidores na região, diz que foram US$ 4,6 bilhões. O Brasil tem 10 unicórnios e cinco deles surgiram no ano passado: EBANX, Gympass, Loggi, QuintoAndar, Wildlife Studios. Unicórnios são startups que ultrapassam o valor de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões).