A gigante de comércio eletrônico Alibaba fez dez vezes mais pedidos de patentes relacionadas a blockhain nos Estados Unidos (EUA) do que a norte-americana IBM no primeiro semestre de 2020, quando o número total de patentes relacionadas à tecnologia ficou próximo ao de todo o ano de 2019.
Assim como as duas gigantes, os pedidos, em geral, não são de empresas focadas em blockchain, mas de incumbentes de diversos setores. Motivos: empresas focadas em blockchain são são novas e pouco preocupadas com propriedade intelectual.
Mas elas devem ficar atentas, porque as grandes empresas vão usar a tecnologia e fazer de tudo para proteger e monetizar suas inovações, diz o estudo The Current State of Blockchain Patents (O estado atual das patentes de blockchain) da consultoria holandesa em propriedade intelectual KISSPatent, focada em novas tecnologias.
Segundo a consultoria, não há uma definição do que é patente de blockchain, mas os diferentes estudos costumam dar resultados similares. Apesar dessa falta de padrão, “podemos afirmar com segurança que blockchain está por todos os lados e crescendo rapidamente” disse D’vorah Graeser, fundadora da KISSPatent.
A maioria das aplicações de blockchain referem-se a fintechs (2.036), com metade do total, o que inclui uso, armazenamento e corretagem de criptmoedas e também suporte para outras transações financeiras usando a tecnologia. Em seguida vêm as aplicações de negócios descentralizados (560).
Pelo levantamento da consultoria, os EUA têm 2.112 patentes ligadas a blockchian, de longe o país com o maior número. Ilhas Cayman têm 350, mas isso se explica pelo fato de a subsidiária da Alibaba que tem a propriedade das patentes estar lá. Em seguida vêm Canadá (118), Japão (108), Coréia do Sul (87) e China (77).