A Minespider, que fornece blockchain para rastreamento de minerais, e a LuNa, produtora de estanho de Ruanda, vão implementar uma solução, neste mês, para atender as exigências que os importadores da União Europeia (UE) devem seguir por conta da nova Regulação de Conflito Mineral do bloco, que entra em vigor em janeiro de 2021.
O Google vai dar suporte para o setor, para garantir que a OreSource cumpra as normas europeias. A empresa e a Minespider implantaram um projeto de rastreamento também de estanho, da mina ao consumidor final, para empresas como a Volkswagen e a mineradora peruana Minsur.
A plataforma usada no projeto piloto é a OreSource e nela as empresas de fundição registram os dados da produção na blockchain e um código QR é adicionado ao embarque ou à fatura, para que as informações sejam checadas pelos importadores europeus.
A nova regulação europeia tenta evitar a importação de produtos que geram conflitos em países instáveis e estanho é um deles. A ideia é que importadores europeus – estimados entre 600 e 1 mil diretos – sigam normas já estabelecidas sobre o assunto pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Outros produtos que estão na lista de minerais que geram conflito são o ouro, o tungstênio e o tântalo.
“O setor ainda tem dúvidas sobre como seguir a regulação europeia. A OreSource é uma ferramenta que vai nos dar informações necessárias e ajudar os importadores a terem acesso aos dados”, disse Olena Wiaderna, diretora de sustentabilidade e de diligência da cadeia de suprimentos na LuNa Smelter. Além disso, por agora providenciarem esses dados, o setor espera poder cobrar mais pelo seu produto.