Além da Bit Capital, que foi comprada pela Ame, duas startups que fornecem produtos e serviços baseados em blockchain anunciaram, nesta semana, que receberam aportes financeiros: a Intelipost, de logística, e a Gavea Marketplace, uma bolsa digital de commodities.
A Intelipost foi criada em 2014 pelo alemão Stefan Rehm e o brasileiro Gabriel Drummond. A empresa vende sistemas para gerenciamento de transportes com diferentes tecnologias, inclusive blockchain. De acordo com um comunicado, a startup recebeu de R$ 130 milhões do fundo de private equity Riverwood Capital no início do ano.
Apesar de ter acontecido no início do ano, esse investimento só foi anunciado nesta terça-feira (8), junto com a informação de que a empresa se uniu à AgileProcess. Essa startup é especializada em soluções de roteirização e monitoramento em tempo real de cargas.
A Intelipost afirma que 4 mil empresas utilizam sua plataforma para gestão, embarque e rastreamento de frete. Isso significa mais de um bilhão de cálculos de frete e mais de 19 milhões de entregas mensais. Com isso, a empresa afirma ter dobrado de tamanho neste ano.
Já a AgileProcess atende 70 empresas a movimenta 9 milhões de entregas por mês. Com a união, as empresas preveem expandir as equipes e aumentar a oferta de produtos.
Bolsa de Commodities
Por sua vez, a Gavea Marketplace anunciou que recebeu R$ 2,2 milhões do fundo anjo do venture capital Domo Invest. A bolsa é a primeira de negociação digital de commodities do país. Seu objetivo é reduzir a burocracia e os custos das transações.
Esse foi o primeiro investimento recebido pela empresa. “Até então, eu estava investindo o meu próprio capital para bootstrap (fundar e expandir) a plataforma”, disse Nunes ao Blocknews.
“Estamos evoluindo, tracionando o produto com alguns players relevantes dentro da plataforma”, completou. Na fase de implantação, já houve transações de grãos com alto volume e valor de negócios. Isso gerou mais de R$ 300 milhões em negócios desde o lançamento em junho passado.
Interação dos usuários da rede
Agora, com o aporte do Domo, a Gavea vai ampliar sua operação, que usa o software Corda, da R3. Está previsto também um aumento da equipe, inclusive no marketing.
De acordo com Franco Pontillo, sócio do Domo, a Gavea une uma plataforma inovadora com um setor em expansão, o agrícola. No ano passado, a Gavea foi escolhida para o programa LIFT – Laboratório de Inovações Financeiras Tecnológicas, da Federação Nacional de Associações dos Servidores (Fenasbac) e que tem apoio do Banco Central (BC).
A plataforma da gávea permite interação entre os participantes da transação, assinatura digital de contratos e gerenciamento do processo. Há ainda cotações de mercado e dados do setor agrícola. Além de blockchain, a bolsa usa inteligência artificial e machine learning.