IBM treina seus funcionários e também fica de olho em talentos do mercado

Possibilidades de empregos vão de vendas a arquitetura de rede, diz Rischioto. Foto: IBM.

Para cobrir sua demanda de profissionais habilitados a trabalhar com blockchain, a IBM faz treinamentos internos, além de olhar para talentos fora da empresa, diz Carlos Rischioto, líder técnico da empresa e especialista na tecnologia. Nesta entrevista ao Blocknews, ele conta como a IBM trata o assunto e outros questões, como as oportunidades do mercado e a diversificação do time.

Treinamentos internos e busca externa de talentos.
Acreditamos nos dois caminhos: ajudar no desenvolvimento dos nossos próprios profissionais, e para isso a IBM tem um programa interno de educação focada em cada área tecnológica na qual atua, sendo uma delas blockchain, e também olhar para o mercado para descobrir novos talentos. Além disso também disponibilizamos treinamentos externos para ajudar no desenvolvimento dos profissionais no Brasil.

Tipos de treinamento
Os treinamentos são ajustados conforme o nível de experiência e conhecimento do profissional, além do seu papel na equipe. Por isso, a duração dos treinamentos pode variar muito. A gente tem um programa de badges, tanto para o treinamento interno como externo, no qual os profissionais e estudantes podem adquirir novas habilidades à medida do avanço que eles tenham. 

Blockchain também faz parte de programas de treinamento dentro de atividades de Cidadania Corporativa, como P-TECH e Open P-TECH, e ainda em iniciativas que trabalhamos junto com universidades do país, como Skills Academy.

Hard e soft skills para trabalhar em blockchain
Os hard skills basicamente são os relacionados a desenvolvimento, ou seja, linguagens de programação que são mais utilizadas hoje. Para a plataforma de Blockchain da IBM, usamos Java Script e GO Lang. Isso, além das ferramentas de DevOps, como Git, Slack, Jira, Trello, entre outras.
 
Com relação aos soft skills, acredito que sejam os mesmos requeridos em qualquer outra tecnologia, por exemplo: boa comunicação, gestão do tempo e proatividade. Esses aspectos são importantes para operar de forma ágil e que demanda rapidez e adaptabilidade para avaliar e testar cenários buscando melhores soluções.

Carreira promissora como diz o LinkedIn
Acredito que sim, pois continuamos a ver no mercado uma alta demanda para profissionais com habilidades em blockchain. Os projetos estão em expansão e no Brasil, por exemplo anunciamos importantes projetos na indústria financeira com a Tecban e outras instituições (ver matéria sobre mercado de trabalho).

Mulheres nesse segmento         
Acredito que a dificuldade em ter mulheres nesse segmento é a mesma das demais tecnologias, mas a IBM tem trabalhado muito para reduzir essas lacunas e aumentar o percentual feminino em TI como um todo (ver matéria com Women in Blockchain)

Um dos exemplos que posso citar é a parceria regional entre a IBM e a Laboratória, startup que capacita mulheres para a era da economia digital, que começou no ano passado. Essa iniciativa teve como objetivo beneficiar mais de 550 graduadas no Brasil, Chile, México e Peru no período de um ano, desenvolvendo workshops e eventos sobre tecnologias como Blockchain, IA, IoT, entre outras. Essa parceria também inclui um planejamento estratégico para aumentar a competitividade na colocação no mercado de trabalho das graduadas da Laboratória.

Variedade de atividades

Como em todas as tecnologias, vemos diferentes perfis no mercado: temos as atividades associadas a vendas, como vendedor, profissional de pré-vendas, de demonstrações. E as atividades técnicas onde podemos destacar: infraestrutura (profissionais responsáveis pela criação e configurações das redes de Blockchain); desenvolvimento de SmartContracts (profissional para criação e manutenção dos contratos); desenvolvimento de aplicações (profissional que trabalha com aplicações que irão se conectar ao Blockchain); arquitetura (profissional responsável pelas definições técnicas do projeto e normalmente pela liderança técnica); e governança (profissional responsável por criar e operar o modelo de governança e gestão da rede).

Funcionários em blockchain na IBM do Brasil       
Não conseguimos divulgar números locais. 

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