A IBM está desenvolvendo o enerT, um token de certificados de energia. Assim, a empresa investe em dois segmentos crescentes: o de emissão e compra de certificados de energia e de iniciativas que usam blockchain para isso.
O token de energia da IBM é em Hyperledger Fabric e Tokens-SDK. Portanto, ao usar blockchain, permite uma garantia maior de que os dados dos certificados são confiáveis. Além da garantia de que o mesmo documento não será vendido mais de uma vez. Os dados dos tokens podem incluir, por exemplo, de onde vem a energia que ele representa, porque a energia pode ter várias origens.
“A tokenização do certificado é equivalente ao que o contêiner na indústria de navegação”, disse a IBM. De acordo com a empresa, a solução permite ainda calcular a pegada de carbono e tem baixo consumo de energia, visto que não usa a prova de trabalho de redes públicas.
Cada REC representa 1MWh de eletricidade sem emissão de carbono. Mas, o mercado convencional de Certificados de Energia Renovável (RECs) não garante que a energia vem de onde o emissor diz que vem. Portanto, blockchain responde a uma demanda crescente de consumidores e investidores por políticas ESG, em especial as confiáveis.
Token de energia da IBM serve também a mercados desregulados
Nesse movimento, até mesmo o Itaú, com outros bancos internacionais, anunciaram que lançarão neste mês uma plataforma de certificados de energia em blockchain. O objetivo garantir com preços claros e consistentes. Isso significa resolver um sério problema do mercado, que é falta de transparência nas negociações.
Há ainda um outro ponto que animou a IBM: a desregulação dos mercados de energia em alguns países. Isso significa que produtores privados e menores de energia podem vender sua produção diretamente a consumidores, em transações peer-to-peer (P2P) ou por meio de intermediários. Além disso, podem emitir certificados, inclusive em esquemas alternativos, como por hora.