A exchange brasileira Foxbit aderiu à LaChain, blockchain construída na plataforma Polygon Supernet criada por um grupo de empresas latino-americanas que inclui ainda Ripio, SenseiNode, Num Finance, Cedalio e Buenbit . O grupo anunciou o projeto em junho passado. Todas as empresas participam da gestão e administração da rede, que tem o objetivo de resolver problemas típicos da região.
“Faz sentido uma rede focada na América Latina. Além disso, conhecendo essa estrutura, sabemos do benefício de ser um dos primeiros nós tanto do lado financeiro em relação às taxas da rede, quanto a estar desde o início nesse projeto, disse ao Blocknews o CEO da Ricardo Dantas.
De acordo com Santiago Juarros, head Global de Marketing da Ripio, “com este projeto é possível oferecer infraestrutura e serviços blockchain de alta qualidade e baixo custo que permitem aos desenvolvedores implantar Apps dedicados para diferentes casos de uso”. A rede usa o mecanismo de consenso Byzantine Fault Tolerant Proof of Authority (IBFT PoA).
“Estamos comprometidos em apresentar a LaChain de forma mais abrangente à comunidade brasileira. Queremos destacar sua missão e visão, bem como as oportunidades que ela oferece. É importante notar que, como uma blockchain recém-lançada, a LaChain possui um vasto espaço para desenvolvimento e inovação”, completou Juarros.
No Brasil, a LaChain apoiou um hackathon no Buildathon da Digifi. No total, houve a inscrição de sete projetos e alguns deles tinham como foco resolver desafios da América Latina. Os vencedores foram o projeto CredChain e o Mercado Barter. O foco do CredChain é o de criação de uma agência de crédito para análises de crédito on-chain e multi-chain. Dessa forma, aproveita ativos garantidos para simplificar o acesso aos recursos dos usuários nas operadoras de crédito.
O Mercado Barter ficou em primeiro lugar na classificação geral do Buildathon. A solução é da Mobiup e seu foco é no agronegócio. A ideia é tokenizar Cédula de Produto Rural (CPR) e criar um sistema de crédito interligado com o Drex. O crédito rural é um desafio enorme no país, em especial para os produtos menores.
Basicamente, o CPR é um título que representa uma promessa de entrega futura de um produto agropecuário. Assim, é uma espécie de autofinanciamento e é diferente de tomar crédito emprestado. O nome barter vem da prática comum na agricultura em que o produtor troca sua produção por outros bens e insumos de fornecedores. Dessa forma, evita dívida com bancos, por exemplo.
“Queremos enfatizar que a LaChain está aberta para acolher e apoiar projetos que estejam alinhados com nossa missão. Já estamos trabalhando com alguns parceiros e recursos-chave que podem ajudar esses projetos a alcançar novos patamares. A construção da LaChain é uma jornada colaborativa com a comunidade e o apoio mútuo é fundamental para alcançarmos nossa missão final de ser a blockchain da América Latina para a América Latina”, completou Juarros.