Das mãos, ou melhor, da mente de um rapaz de 19 anos, saiu uma das mais conhecidas plataformas blockchain do mundo e que ontem (30) completou 5 anos. Vitalik Buterin, russo-canadense, já era um apaixonado por bitcoin, quando lançou um whitepaper para uma nova solução descentralizada. Isso foi em 2013. Em 2014, ganhou uma bolsa e se dedicou só a isso. E em 2015, com outros parceiros, implantou a Ethereum.
Com suas características que resolvem diversos problemas para as empresas, como os smart contracts (contratos inteligentes), e aceita aplicativos financeiros (decentralized finance, os DeFis), a plataforma ganhou empresas como usuárias, além de usuários da sua cripto Ether.
Segundo um artigo da Consensys, empresas de soluções blockchain de Joseph Lubin, um dos fundadores da Ethereum, a lista de empresas que usam blockchain inclui 32 das que estão na Forbes Blockchain 50, um agregado de quem tem receita de pelo menos U$1 bilhão ao ano ou é avaliada em mais de US$ 1 bilhão.
A lista de usuários tem de tudo, de bancos a empresas do agronegócio. A Depository Trust & Clearing Corporation, que processa transações avaliadas em cerca de US$2 quadrilhões ao ano (algo como a bagatela de R$ 12 quadrilhões) também anunciou que vai testar um protótipo testar um protótipo com Ethereum para gerenciamento de ativos, diz a Consensys.
Numa live para falar do aniversário, Ken Seiff, que investiu na ideia que nem todo mundo acreditava, disse que neste ano a plataforma ganhou uma segunda vida.
O motivo é o boom dos DeFis, que permitem, por exemplo, empréstimos em cirptomoedas. Há um valor equivalente a bilhões de dólares de criptomoedas em produtos financeiros baseados na Ethereum, completou.
A rede também está conseguindo se sair bem na disputa entre sua moeda Ether e Bitcoin. Na semana passada, a Ethereum superou a Bitcoin como plataforma com mais valor de transações por dia. Isso inclui de Ether (ETH) e tokens.
Nada mal para algo que começou desacreditado por muito gente.